terça-feira, 4 de agosto de 2009

Pregadores precisam de ajuda para comunicar melhor. Não é pecado admitir.

Na última sexta-feira fui a um evento de jovens uma Igreja Presbiteriana em São Paulo. Ouvi um típico sermão fora de contexto. Na essência, o pregador estava correto. Falou sobre unidade e como o povo de Deus deve adorar em conjunto, independentemente de idade.

Soou anacrônico. Críticas (discutíveis) às igrejas só de jovens. Mais uma vez assisti a um discurso contra comunidades como a Bola de Neve. Não vou discutir se os ataques foram ou não justos. Injusto foi submeter à exortação um público que pouco tem a ver com a realidade das supostas igrejas “só de jovens” – se é que existe alguma.

Parecia aquele professor que não deixa o menino atrasado entrar na sala de aula e logo depois dá um discurso sobre pontualidade. Ora, aqueles que estão dentro da sala são os pontuais. Não precisam ouvir aquele sermão.

No sábado, em conferência que o Christian Post cobriu no Reino Unido, o pastor Stephen Gaukroger falou algo que vem ao encontro deste episódio – motivo, inclusive de uma série de posts sobre sermão neste blog:

"Há pessoas aos montes em nossas igrejas que precisam desesperadamente de ajuda em suas maneiras de pregar. Acham que sabem fazer sermões, mas falham em ser atraentes, bíblicos e bons comunicadores"

Em drops sobre sermão, sempre publicaremos dicas rápidas de bons pregadores para ajudar quem quer ser ajudado a falar melhor em público, comunicar o Evangelho com mais eficiência.

2 comentários:

Carlos Zillner disse...

Pois é... muitas igrejas protestantes, anti teologia da prosperidade, estão indo por este rumo, e tem sido insuportável. Vamos para igreja esperando entender um pouco mais sobre Cristo e aprender como um ser humano deve viver, saimos sabendo que os outros estão errados.

Engraçado que nunca fui numa igreja que o pastor falasse: "nós estamos errados".

Abraço

Victor Fontana disse...

Carlos,

E olha que a minha implicância nem é tanto com o conteúdo, mas sim em pregar um conteúdo válido para um público que não precisa ouvir aquele conteúdo. Ou seja, uma questão de forma.

Mas vamos lá.

Sou protestante reformado. Ou seja, mais um anti-teologia-da-prosperidade. Creio então em um dos pontos do calvinismo que fala muito sobre a maldade do homem e a necessidade absoluta da Graça de Deus (depravação total).

Não seria então muito justo pregar justamente sobre os erros da MINHA igreja e da MINHA vida e falar do trabalho que Deus fez e continua fazendo por meio da sua Graça para que o MEU viver seja mais parecido com o de Cristo?

O que fazemos é o contrário. Tratamos dor com Cataflam e inflamação com Tylenol. Pregamos coisas certas para o público errado.

=/